Grama não é tudo igual: aprenda como escolher a melhor para seu jardim

Para um jardim dos sonhos, a cobertura total do solo é essencial. Para isso, a grama surge como protagonista, capaz de preencher o jardim e possibilitar momento de contato com a natureza, além de harmonizar com outros tipos de espécies.

Mas você sabia que existem diferentes tipos de grama, com características e necessidades únicas? “Escolher a espécie correta pode influenciar na beleza e manutenção do jardim ou área externa. Além da estética relacionada ao tom do verde e tamanho das folhas, a quantidade de sol, rega, periodicidade de corte e cuidados que cada uma demanda são fatores que auxiliam nessa decisão”, explica o arquiteto e paisagista Cezar Scarpato.

Nesse projeto de paisagismo de Cezar Scarpato, a grama Esmeralda foi a escolhida, unindo-se com espécies nativas | Foto: Bicubico
Nesse projeto de paisagismo de Cezar Scarpato, a grama Esmeralda foi a escolhida, unindo-se com espécies nativas | Foto: Bicubico
Tipos de grama
De acordo com o arquiteto e paisagista Cezar Scarpato, existem diversos tipos de grama. | Foto: Divulgação

Scarpato reforça que há uma grande variedade de espécies de grama, entretanto as mais conhecidas e empregadas nos projetos de paisagismo são a Esmeralda, São Carlos e Santo Agostinho. “Elas devem ser escolhidas de acordo com o local onde serão plantadas, se adaptando bem ao solo e clima. Também é valioso entender se o gramado será decorativo ou receberá muitas atividades sobre ele, como a prática de esportes”, diz o paisagista.

Nesse jardim projetado por Cezar Scarpato, com uma cabana que faz as vezes de sala de ginástica, a grama se tornou um convite para o exercício ao ar livre| Foto: Divulgação

Muito popular e procurada, a grama Esmeralda se adapta bem em climas quentes e secos, tendo fácil preservação. “Suas folhas são finas e estreitas, no tom de verde que lhe dá o nome”, diz Scarpato. Resistentes a pisoteios, ela pode inclusive ser plantada em jardins com passagens no meio.

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Já a grama Santo Agostinho, também conhecida como grama-inglesa, conta com folhas lisas e de tom verde escuro, levemente azulado. “Ela é simples para manter, pois tem crescimento lento, mas exige regas mais regradas. É perfeita para áreas litorâneas, pois resiste à salinidade do solo”, indica o paisagista.

A grama São Carlos, por fim, oferece folhas largas e lisas. “Seu crescimento é rápido, então é necessário executar a poda ao menos duas vezes ao mês”, alerta o paisagista. Resistente, ela se adapta bem ao clima quente e frio e pode ser pisoteada, sendo empregada até mesmo em espaços para a prática de esporte. “Essas duas últimas espécies são, ainda, mais tolerantes ao sombreamento parcial”, explica.

Dicas para manter a grama sempre verde

Além da definir o tipo certo de grama alinhado com o clima da região, alguns cuidados são necessários para mantê-la sempre vistosa – a começar pela quantidade apropriada de sol e de rega que cada espécie necessita.

A qualidade do solo, que deve ser bem drenável, também faz toda diferença, e a adubação é necessária depois que a grama estiver assentada. “A cobertura do gramado com terra mista e adubo em pó ajuda a complementar os nutrientes depois de longo período após plantio. Ele pode ser realizado no final da época de estiagem ou inverno, antecedendo as chuvas e calor”, indica Cezar Scarpato.

Para proteger a grama, incluir caminhos pavimentados pode ser uma solução – como Cezar Scarpato fez em seus projetos

Manter o gramado aparado também evita o aparecimento de buracos ou de pragas, então a poda regular é sempre recomendada. E, por fim, apesar da maioria dos gramados ser tolerante ao pisoteio, o ideal é evitar pisoteio constante na grama, permitindo seu crescimento uniforme. “Em locais de passagem, é possível criar caminhos pavimentados, seja com pisadas soltas, piso concretado, pisos drenantes ou seixo e pedrisco”, conclui.

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